A solene celebração da Vigília Pascal, foi celebrada, às 21:00h, na Igreja Matriz, pelo Pe. Calazans, e às 20:00h na Igreja de Santa Luzia, na Jaderlândia e Igreja de Nª Srª da Conceição, Jardim Bela Vista. Na celebração da Matriz houve batizado e crisma de adultos. Nesta vigília, a Igreja permanece à espera da Ressurreição do Senhor e a celebra com os sacramentos da iniciação cristã (PCFP77).
"A paixão do Salvador é a salvação da vida humana. Precisamente para isso ele quis morrer por nós, a fim de que, acreditando nele, vivamos para sempre. Ele quis, por algum tempo, tornar-se o que somos, para que, alcançando a sua promessa de eternidade, vivamos com ele para sempre.
É esta a imensa graça dos mistérios celestes, é este o dom da Páscoa, é esta a grande festa anual tão esperada, é este o princípio da nova criação.
Nesta solenidade, os novos filhos que são gerados nas águas vivificantes da santa Igreja, com a simplicidade de crianças recém-nascidas, fazem ouvir o balbuciar da sua consciência inocente. Nesta solenidade, os pais e mães cristãos obtêm, por meio da fé, uma nova e inumerável descendência.
Nesta solenidade, à sombra da árvore da fé, brilha o esplendor dos círios com o fulgor que irradia da pura fonte batismal. Nesta solenidade, desce do céu o dom da graça que santifica os recém-nascidos e o sacramento espiritual do admirável mistério que os alimenta.
Nesta solenidade, a assembleia dos fiéis, alimentada no regaço materno da santa Igreja, formando um só povo e uma só família, adorando a Unidade da natureza divina e o nome da Trindade, canta com o Profeta o salmo da grande festa anual: Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos (Sl 117,24). Mas, pergunto, que dia é este? Precisamente, aquele que nos trouxe o princípio da vida, a origem e o autor da luz, o próprio Senhor Jesus Cristo que de si mesmo afirma: Eu sou a luz. Se alguém caminha de dia, não tropeça (Jo 8,12; 11,9), quer dizer, aquele que em todas as coisas segue a Cristo, chegará, seguindo os seus passos, ao trono da eterna luz. Assim pedia ele ao Pai em nosso favor, quando ainda vivia em seu corpo mortal, ao dizer: Pai, quero que onde eu estou, aí estejam também os que acreditaram em mim; para que assim como tu estás em mim e eu em ti, assim também eles estejam em nós (cf. Jo 17,20s).
sábado, 20 de abril de 2013
sábado, 6 de abril de 2013
VIGÍLIA PASCAL NA NOITE SANTA
HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO
Basílica Vaticana
Sábado Santo, 30 de março de 2013
Amados irmãos e irmãs!
1. No Evangelho desta noite
luminosa da Vigília Pascal, encontramos em primeiro lugar as mulheres que vão
ao sepulcro de Jesus levando perfumes para ungir o corpo d’Ele (cf. Lc 24,
1-3). Vão cumprir um gesto de piedade, de afeto, de amor, um gesto tradicionalmente
feito a um ente querido falecido, como fazemos nós também. Elas tinham seguido
Jesus, ouviram-No, sentiram-se compreendidas na sua dignidade e acompanharam-No
até ao fim no Calvário e ao momento da descida do seu corpo da cruz. Podemos
imaginar os sentimentos delas enquanto caminham para o túmulo: tanta tristeza,
tanta pena porque Jesus as deixara; morreu, a sua história terminou. Agora se
tornava à vida que levavam antes. Contudo, nas mulheres, continuava o amor, e
foi o amor por Jesus que as impelira a irem ao sepulcro. Mas, chegadas lá,
verificam algo totalmente inesperado, algo de novo que lhes transtorna o
coração e os seus programas e subverterá a sua vida: vêem a pedra removida do
sepulcro, aproximam-se e não encontram o corpo do Senhor. O caso deixa-as
perplexas, hesitantes, cheias de interrogações: «Que aconteceu?», «Que sentido
tem tudo isto?» (cf. Lc 24, 4). Porventura não se dá o mesmo também conosco,
quando acontece qualquer coisa de verdadeiramente novo na cadência diária das
coisas? Paramos, não entendemos, não sabemos como enfrentá-la. Frequentemente
mete-nos medo a novidade, incluindo a novidade que Deus nos traz, a novidade
que Deus nos pede. Fazemos como os apóstolos, no Evangelho: muitas vezes
preferimos manter as nossas seguranças, parar junto de um túmulo com o
pensamento num defunto que, no fim de contas, vive só na memória da história,
como as grandes figuras do passado. Tememos as surpresas de Deus. Queridos
irmãos e irmãs, na nossa vida, temos medo das surpresas de Deus! Ele não cessa
de nos surpreender! O Senhor é assim.
Irmãos e irmãs, não nos fechemos
à novidade que Deus quer trazer à nossa vida! Muitas vezes sucede que nos
sentimos cansados, desiludidos, tristes, sentimos o peso dos nossos pecados,
pensamos que não conseguimos? Não nos fechemos em nós mesmos, não percamos a
confiança, não nos demos jamais por vencidos: não há situações que Deus não
possa mudar; não há pecado que não possa perdoar, se nos abrirmos a Ele.
2. Mas voltemos ao Evangelho, às
mulheres, para vermos mais um ponto. Elas encontram o túmulo vazio, o corpo de
Jesus não está lá… Algo de novo acontecera, mas ainda nada de claro resulta de
tudo aquilo: levanta questões, deixa perplexos, sem oferecer uma resposta. E
eis que aparecem dois homens em trajes resplandecentes, dizendo: «Porque
buscais o Vivente entre os mortos? Não está aqui; ressuscitou!» (Lc 24, 5-6). E
aquilo que começara como um simples gesto, certamente cumprido por amor – ir ao
sepulcro –, transforma-se em acontecimento, e num acontecimento tal que muda
verdadeiramente a vida. Nada mais permanece como antes, e não só na vida
daquelas mulheres mas também na nossa vida e na nossa história da humanidade.
Jesus não é um morto, ressuscitou, é o Vivente! Não regressou simplesmente à
vida, mas é a própria vida, porque é o Filho de Deus, que é o Vivente (cf. Nm
14, 21-28; Dt 5, 26, Js 3, 10). Jesus já não está no passado, mas vive no
presente e lança-Se para o futuro; Jesus é o «hoje» eterno de Deus. Assim se
apresenta a novidade de Deus diante dos olhos das mulheres, dos discípulos, de
todos nós: a vitória sobre o pecado, sobre o mal, sobre a morte, sobre tudo o
que oprime a vida e lhe dá um rosto menos humano. E isto é uma mensagem
dirigida a mim, a ti, amada irmã, a ti amado irmão. Quantas vezes precisamos
que o Amor nos diga: Porque buscais o Vivente entre os mortos? Os problemas, as
preocupações de todos os dias tendem a fechar-nos em nós mesmos, na tristeza,
na amargura… e aí está a morte. Não procuremos aí o Vivente! Aceita então que
Jesus Ressuscitado entre na tua vida, acolhe-O como amigo, com confiança: Ele é
a vida! Se até agora estiveste longe d’Ele, basta que faças um pequeno passo e
Ele te acolherá de braços abertos. Se és indiferente, aceita arriscar: não
ficarás desiludido. Se te parece difícil segui-Lo, não tenhas medo, entrega-te
a Ele, podes estar seguro de que Ele está perto de ti, está contigo e dar-te-á
a paz que procuras e a força para viver como Ele quer.
3. Há ainda um último elemento,
simples, que quero sublinhar no Evangelho desta luminosa Vigília Pascal. As
mulheres se encontram com a novidade de Deus: Jesus ressuscitou, é o Vivente!
Mas, à vista do túmulo vazio e dos dois homens em trajes resplandecentes, a
primeira reação que têm é de medo: «amedrontadas – observa Lucas –, voltaram o
rosto para o chão», não tinham a coragem sequer de olhar. Mas, quando ouvem o
anúncio da Ressurreição, acolhem-no com fé. E os dois homens em trajes
resplandecentes introduzem um verbo fundamental: lembrai. «Lembrai-vos de como
vos falou, quando ainda estava na Galiléia (...) Recordaram-se então das suas
palavras» (Lc 24, 6.8). Este é o convite a fazer memória do encontro com Jesus,
das suas palavras, dos seus gestos, da sua vida; e é precisamente este recordar
amorosamente a experiência com o Mestre que faz as mulheres superarem todo o
medo e levarem o anúncio da Ressurreição aos Apóstolos e a todos os restantes
(cf. Lc 24, 9). Fazer memória daquilo que Deus fez e continua a fazer por mim,
por nós, fazer memória do caminho percorrido; e isto abre de par em par o
coração à esperança para o futuro. Aprendamos a fazer memória daquilo que Deus
fez na nossa vida.
Nesta Noite de luz, invocando a
intercessão da Virgem Maria, que guardava todos os acontecimentos no seu
coração (cf. Lc 2, 19.51), peçamos ao Senhor que nos torne participantes da sua
Ressurreição: que nos abra à sua novidade que transforma, às surpresas de Deus,
que são tão belas; que nos torne homens e mulheres capazes de fazer memória
daquilo que Ele opera na nossa história pessoal e na do mundo; que nos torne
capazes de O percebermos como o Vivente, vivo e operante no meio de nós; que
nos ensine, queridos irmãos e irmãs, cada dia a não procurarmos entre os mortos
Aquele que está vivo. Assim seja.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Sexta-feira da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo
A Sexta-feira da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, foi celebrada às 15:00h, na Igreja Matriz, sendo presidida pelo pe. Calazans e simultaneamente nas Comunidades: Santa Luzia (Jardelândia), São Francisco (Cidade Nova), São Benedito (Jardim Atlântico) e Comunidade Emaús (Laércio Cabeline).
Na sexta-feira santa se busca
enfatizar e contemplar com atenção amorosa a vitória de Cristo sobre a morte. “Neste
dia, em que ‘Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado’ a Igreja, com a meditação
da paixão do seu Senhor e Esposo e adorando a cruz, comemora o seu próprio
nascimento do lado de Cristo que repousa na cruz, e intercede pela salvação do
mundo” (PCFP 58).
São João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja, nos fala em uma de suas catequeses, sobre o poder do sangue de Cristo, dizendo: “De seu lado saiu sangue e água (Jo 19,34). Não quero, querido ouvinte, que trates com superficialidade o segredo de tão grande mistério. Falta-me ainda explicar-te outro significado místico e profundo. Disse que esta água e este sangue são símbolos do batismo e da eucaristia. Foi destes sacramentos que nasceu a santa Igreja, pelo banho da regeneração e pela renovação no Espírito Santo, isto é, pelo batismo e pela eucaristia que brotaram do lado de Cristo. Pois Cristo formou a Igreja de seu lado traspassado, assim como do lado de Adão foi formada Eva, sua esposa”.
terça-feira, 2 de abril de 2013
Celebração da Ceia e do lava-pés
Nesta, quinta-feira santa, nossa paróquia deu início ao Tríduo pascal, com a celebração da Ceia do Senhor e do lava-pés. A solenidade foi presidida pelo pe. Ari. Após, a celebração, houve o translado do Santíssimo e um breve momento de adoração.
A Celebração da Ceia do Senhor, "recorda aquela última ceia em que o Senhor Jesus, na noite em que ia ser traído, tendo amado os seus que estavam no mundo ofereceu a Deus Pai o seu próprio Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho e deu-os aos apóstolos como alimento" (PCFP. 44). Já o lava-pés que por tradição, é feito neste dia a algumas pessoas escolhidas, significa o serviço e a caridade de Cristo, que veio "não para ser servido, mas para servi" (Mt 20,4).
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